um pouco do que me interessa

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Chove...

Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.

Ah eu queria ser forte como um guerreiro
Queria disparar o meu olhar forte contra os monstros que aqui dentro não se aquietam
Chove!Chove!A chuva entrou na sala e fez entrar um calor manso
Eu queria o corpo tomado por joaninhas para que me trouxesse sorte
Eu brigo internamente com alguém sem saber o que realmente me faz falta
Eu brigo com a minha própria vontade de sentir falta
Eu queria poder tomar banhos de chuva como a de ontem
Lavar a alma e ver as dores saírem pela água
Chuva pesada,chuva leve,chuva que acaba
Rir mais das situações
Dançar na chuva vendo a água derramar pelos braços
Percebeu que seu vestido vermelho está sujo demais
Pôs para lavar
Todos dias se veste com um vestido branco,branco para o corpo voar
Viu que sua dança conta toda sua história:uma menina,um caminho perdido,uma vontade contida,uma sensualidade escondida,um abraço no vazio e a loucura da entrega
Hoje ouviu no caminho:como as pessoas são bonitas.Por que a gente não percebe isso no dia a dia?
Será que a garota de vermelho não vê mais a beleza nas pessoas?
Ontem na chuva vi um garoto como você... meus olhos apertaram profundamente o coração, como se uma mão pressionasse lentamente meu peito.
Tenho suspirado demais,mas desistido rápido demais das dores
Me pus em vários quadros de pintores nos quais pude me identificar
Me sinto muitas vezes uma imagem borrada,mas bonita
Pensei na mãe longe como se um grande cordão nos unisse, num misto de mágoa e alegria
Tenho visto cães com suas línguas de fora que passam a brincar na cidade...sente falta dos bichos da casa.
Tem se espantado com os humores de algumas pessoas.A gente é substituível
Irei escrever todos dias isso como um mantra,para apender mesmo que seja na dor
Tem a nítida impressão que deixou poucas coisas de valor em sua cidade
Repensando aqui o que seria verdadeiras amizades,verdadeiras coisas.
O que é palpável e o que não é?
À noite pus meus olhos na lembrança.Cheguei a sentir o gosto do café com queijo nos lábios.A música do nordeste e da parte do Brasil,toca o corpo,as vontades...
Pus a dançar no tapete vermelho o samba
Pus a olhar e a sonhar deitada no sofá
Senti um medo estranho na madrugada
Queria saber o que em mim se encontra de real( O que nos salva da solidão é a solidão de cada um dos outros. )
A menina do circo me perguntou uma fórmula ,para esquecer pessoas que queremos esquecer:eu não posso,pois só de pensar numa fórmula ,já me lembrei dele
Queria a garota esquecer as mágoas e dizer ao mundo:isto é página virada(“Quanto a mim assumo minha solidão.Que às vezes se extasia como diante de fogos de artifício)

Mas não se pela distância o meu coração amável pensa no dia que tentei tomar café contigo na sala.Deveria eu ter jogado aquele café na parede,ter fechado a cortina do teatro que me encontrava e seguir para a real casa.
Casa Amarela me invada de coisas boas.A garota tem tentando,tentado,aqui uma grande luta contra o meu eu chato persiste.

cansei...

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