um pouco do que me interessa

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Vomitei



aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
porraaaaaaaaaaa
Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais...
Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa...


ok Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento...
preciso vomitar
disseram na mesa que me exponho demais
e se disssesse qe ninguém sabe
e que isso não interessa
e quems e interessa
eu sou um clichê
e acho mais clichê todo mundo
e não sinto inveja dos que tentam e dizem que não tento
e se dissesse:eu tentei e enchi de brincar de casinha
de pedir limpem minhas mágoas
me balancem no colo
segurem meu coraçaõ
enchi
eles mentem
mentem
pesou
tudo pesou
na real acho que só um me prometeu um coração
uma coisa
uam coisa linda que nunca existiu
existiu?
nada que é forte se quebra


digo :eu sinto
sinto um tijolo na mão
querendo encontrar o peso
e quebrá-lo
que ele caia de cabeça
e volte sem memória

desacredito
descrente
palavars são bonitas
escritas por teclados melhor ainda
eu sinto ódio
do que sentem(sente?) por mim
por eu não sentir
nada
por eu sentir que tudo é mentira
mentira que eu fiz mentira

ia dormir
não dormi
por que tem peixes no pensamento
tem um nó
tem um nó preso no meu calcanhar
que me liga até algo
que eu não sei bem definir
aquela janela grande demais?Como é incômodo estar diante de uma pessoa com quem se trocou emoção intensa e depois cruzar com ele na rua e dizer apenas: tudo bem?"
o cão que me olhava na esquinda da rua?
a concha que não se desfazia ao dormir?
por que está tudo borrado
sinto essa inutilidade da música francesa que repete no som
e entra pela fresta
da porta do banheiro
e faz massagem no meu coração
que pinga

mil poetas,escritores falam por mim
acredite eu sou melhor que antes
e concordaram
eu cosnigo
eu consigo
estar só
estar só
estar só
só eu
mesma estando só de eu

um grande grito na janela
palavras soltas
a música repetida
impressão de que caminho no mesmo parque
bum!
memória se perca
apague abril,maio,junho,julho do pensamento

até sábado eu penso
nos pés
nas possibilidades
de preenchimentos
forçados
vazios
que me ponho

é eu não tenh desprezo
eu tenho um ódio ridiculo dentro do peito
por que eu amei errado demais
peço desculpas a mim mesma esta noite


eu acho que nunca eu fui tão
calma
nos últimos tempos
culpa das palavras soltas
que inquietou o peito
antes de ser envolvida pela asa do anjo na cama
me due uam grande revolta de tudo

Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior...
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós."

Agora eu sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão...

Au parc

melancolia azul
cidade fria
comme la pluie
naõ sei mais am....

e tenho almofadas novas reinando na casa

eu sempre me sinto como esse filme

terça-feira, 27 de abril de 2010

Godard e as garotas de olhos claros

eles me trocam por olhos claros
sempre
sempre



é godard...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sinto

Pílulas de Caio em dias de chuva



Não há nada entre meus braços além do ar da manhã. Suspiro, sorrio, desfaço o abraço. Então, com as mãos vazias, finalmente começo a navegar

sinto que o destino me dobra na esquina da rua
o vento leva o corpo como pluma para o desencontro de qualquer motivo de possiblidade,realidade,maldade,pulsação,olho...
a garota de vermelho sentada no balcão com as pés balançando
desenhando um nome no ar com as pontas dos sapatos reluzentes
alguns dias caem gotas no chão branco
o suspiro sai azulado
a vista da janela é a mesma
ela percebe:opa já é noite!
não
são 15 hs da tarde
é o frio da rua que faz anoitecer
ou eu que quero tanto ir para casa?
ficar na frente da tela
isolamento
silêncio
tempo
descansar o corpo no puff
sonhar colorido
tirar o vestido
ver eu avessa
sem essa de tô nessa
toca o pianinho de tiê
é ele
quer um abraço
é ele quer ter saudades
e eu?
nada
eu não respondo nada
não respondo por que não quero
é por que não sinto
digo em pensamento baixinho: (...)preparar a cama, trocar lençóis, limpar pratos, poltronas, recebendo o hóspede ao mesmo tempo desejado e inevitável.
constatações:mães contam vantagens uma para outras e fazem comida quentinha que traz alguma espécie de carinho ao coração
constatação:choro quando abraço
constação :roupas pingam
constatação :ignore e quem tem coraçaõ puro pede desculpas
constatação :penso demais vendo teatro
constatação :gosto de pessoas taurinas
constatação :gosto de cia no supermercado
constatação :pelas segundas gosto de música brasileira nos ouvidos
constatação :nunca desejie tanto que domingos fossem longos
constatação 0:vontade de ajudar alguém
constatação:ele desenha e eu sigo
cosntatação:ele atua e eu sigo
constatação :caio e dança é uma benção

gosto quando a cabeça pára o maior tempo possível, caso contrário enche-se de temores, suspeitas, desejos, memórias

Você só consegue dar quando não é solicitado, e quando pedem algo você foge em desespero.

É esse gelo por dentro que eu não consigo entender. (...) É esse seu bloqueio de aço encouraçando o silêncio, eu não consigo entender.
obrigado caio
eu que te odiava penso:você escreveu isso para nós...os que sentem e escondem ou levam amor com dor e querem amor sem dor.

assista:


sexta-feira, 23 de abril de 2010

Trapézio no inverno



Alô!Como você está?
Ausente- disse ela


acho que lá dentro sinto-me aliviada de os "amores"rancorosos nunca lerem o que aqui escrevo
dizem eles:nunca mais te leio!
e eles saem com o queixo imponente e o coração seco
tudo bem
não leiam
creio que tudo que sinto ou senti já é um tanto claro
comigo não há meia verdade,mas sim uma verdade inteira

onde eu estava no outro ano?
nessa hora?

com uma mentira com certeza eu era acompanhada

creio que com o mesmo ventinho de inverno
mas agora sem pé no outro pé

e dai...foda-se.é esse vento do quase inverno,a sensação de não estar morando na mesma cidade,de tudo ser três quadras,do supermercado perder a novidade,da cama que me chama,tudo isso faz eu ser a nostálgica demais.mas uma nostalgia mal pensada,não querendo ser sentida

dos questionamentos deixados no trapézio

Você prometeu que estaria no outro trapézio quando eu soltasse o meu, não prometeu? Por isso, eu balançava de olhos fechados. Sem medo. Por isso, eu ficava de cabeça para baixo, nesse pedaço de madeira, suspenso por duas cordas. Você garantiu que me seguraria pelos dois punhos e me levaria para o outro lado. Que haveria alguém no fim do meu salto. Você juntou os pés e jurou que não me deixaria cair desse número sem rede. Com a cara no picadeiro. Foi por acreditar em você que gasto mais uma das minhas vidas. Morro mais uma vez, pela sua ausência. Aos poucos. Desde aquele dia.

Enquanto você me desejava uma coisa, eu já sentia outra. Eu salivava um amargo, que se espalhava pela boca, enquanto você falava, parado em frente à porta. Depois daquela tarde, o gosto ruim nunca mais desapareceu. Meus cafés nunca mais se adoçaram. Minha comida se tornou indigesta. Desde aquele dia, poucas garfadas. Nada de água por causa do amargo misturado à sua insipidez. Depois daquela tarde - outono, eu me lembro, pelas folhas secas que via da janela, espalhadas pela calçada - fui enganado por maçãs que me seduziram pelo seu vermelho. Por morangos. Pêras. Por mangas suculentas, que, na primeira mordida, ganharam o gosto áspero da minha boca. Se transformaram em pedaços cuspidos no chão da sala. Naquela tarde, enquanto você me desejava uma coisa, eu já sentia outra. O frio subia pelas minhas costas. Cubo de gelo desenhando minha coluna. A casa ficou fria. Inteira. Todos os cômodos. Os pêlos dos braços nunca mais se deitaram. Os cobertores nunca mais me esquentaram. A cama vazia, toda noite, me congela mais um pouco. Desde aquela tarde. Eu vejo vultos. Ouço passos. Escuto vozes. Enxergo folhas secas, pela calçada, mesmo quando não é outono. Mudanças, que começaram antes mesmo da porta ser fechada. Enquanto você falava. Ainda enquanto me desejava uma coisa e eu sentia outra. Mudanças que começaram quando você me dizia que eu ia ficar bem. Eu acreditei. Por alguns minutos.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Mulher SEM razão

deram-lhe de presente
no dia que os olhso estavam para dentro
doeu peito
que falta para liberdade?
ah rua me faz me acertar com passado
me faz esquecer tudo e começar o novo





fato:eu sou


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Letras dizem muito

Letras dizem muito
e um apagador na mente

digo:estar em paris
peso da mochila ans costas
voar

embaralhamento

odiozinho que volta

arisca lhe chamam

você realmente não tem coração de tijolo?
você realmente não tem medo de ver que ainda sente?


Help!


Lembrança:


Me diriam isso:


Pretensão futura:

Isso...

silêncio


viva o patético


a gente sempre fala de alguém colocando nos outros

ou

eu acabo falando sempre de alguém nos outros


terapia no puff
feriado necessário

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ele

é

mexeram na minha ternura

fica guardada para mais 3 anos

espero no alto do teatro municipal garoto das palavras
me espera
com um algodão doce na entrada
um sorriso tímido
e a chuva do fim dia do dia nos regará



estranho
te senti perto
acho que por um momento as palavras fizeram nossas asas se tocarem

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Todo mundo tem dia cinza

talvez você entenda. precisei cortar dois pontos dessas nossas reticências e deixar apenas um. o final.


vamos prometer:você tentará não ir pelos impulsos.você é bem mais leve assim

vendo tudo azul piscina
o dia foi azul piscina
desejei pintar as unhas de roxo lilás que apareceu na tv
a casa branca numa maré baixa
desenho flores.lado materno?
desenho setas volto para passado?
escrevo nome.estou dizendo:save me?
mulheres que mentem amores
menina que manda email estúpido
não abra porta de casa menina
não abra
homens fracos demais para tanta doçura e maluquice numa garota só
briguei com mundo
tempestade
poderia por um zíper aqui
na boca
nas vontades
um durex
super bonder pra colar os cacos
dá para ver no meu olho o insatisfeito?
é tu é bem atriz mesmo
ela sofre atriz
ela vive atriz
quem é ela?
vontade de um livro novo
meter-me em prateleiras
ficar na pomta dos pés para pegar o livro desejado na estante
um dia na saraiva todo ser humano merece
me transporto pela falta do tempo meu
compro o livro dos desamores
eu desamor
eu um silêncio
que mania essa de pegar o silêncio pela mão hoje?pus a passear com ele pelo supermercado e contei apenas meus sgeredos para flores
pensei em por nome nas plantas....que tal:ofélia,sweet,clara,beatriz,elis e lua
batizei elas as fitando
não conheci o garota poeta
dias passam
me inquieto
pela expectativa
e ele não quer que sinta isso

apenas um jogo? bem bonito e sem graça(perde-se a graça com tanta repetição)
se repetimos por medo
talvez eu molhe o travesseiro
sinto uma doçura pelo desconhecido e distante
até me afastei da mania idiota de fins de filmes
aquele cara lá me esperando na Paulista
tô igual as folhas da ofélia...despenca sobre mesa meio murchas...
não batizei as violetas.elas insistem em ficarem quase semi mortas epserando algo de mim
ah eu me torno violeta
pus na tela após iras de otelo
o pai afastando o filho
aquele ar teatral demais incomodou meu dia real demais
vou desligar celular
deixar ele em casa
serve paar relógio,mais nada
tum tum para palavras
eu tô tempestade
colocamos risinhos para esquecer o amor primeiro ,mas não se esquece o que se tem os olhos dissimulados
ah...sempre se tem uma Capitu na vida
li e reli o novo escritor que balança minhas vontades
tenho essa tendência geral para exagerar e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. é uma forma de paz." (peguei a pena e dei ultimato...eu com a mania de corra atrás...corra lola..corra e me pegue caindo do alto...odeios desdéns.esse você vai atrás de mim..você desdenha e eu desito.tudo tem parecido muito fácil de ser desvencilhado.tudo que impera no presente tem sido fácil de se desvencilhar...mas o que ficou antes?como se desprende da minha mão?)

ah hoje vendo as pessoa snas cadeiras..todo mundo guarda um amor,todo mundo mente sobre muita coisa,todo mundo inventa,todo mundo é bipolar em vários momentos,todo mundo tem medo de perder,todo mundo gosta de carinho,todo mudno se proteje,todo mundo beija bonito quando se ama,todo mundo é meio solitário no zaffari,todo mundo é alguma coisa.ok pode ser que todo esse todo mundo seja apenas eu e todo mundo é um bando de perfeitinho que não sente bosta nenhuma que tentei por nestas linhas
não adianta cimentar as janelas. levantar os muros. encostar o armário pesado atrás da porta. não adianta fugir. é por dentro.

falando sozinha na noite...que delicia de convesra intelectualizada estou tendo

domingo, 11 de abril de 2010

Arianos

Para os anjos



estrada
violão com acordes de leãozinho do caetano
o coração fica leve ao por malas nas mãos
mundo,mundo ai vou eu
mesmo que perto
eu com mania de fugir
de querer sair feito pássaro
para ver e dizer que bonito e feio há no mundo
dois
três dias fora daqui e chovo
por que sinto saudade de algo que me faz falta
sorrio até doer as bochechas
casa fechada
flores dormindo e murchando
celular solto na mesa
e os pés em outro céu
deixei coração longe
nada para ser lembrado
nada para se ter imensa saudade
eu :uma criança que se pergunta
por que?por que?
as perguntas sem resposta pequena
atriz com dúvidas
entrega descabida
o solo sendo duro demais
a volta a cidades sofridas
as cidades das lembranças
um gosto de renovação
mudança
mas algo insiste em ficar feito chiclete no meu tênis sonho


não tenho uma dor tão grande
mas a tela da tv passa tanta dor
que ela me alcança
e vivo a dor dos outros
respinga em mim
e me sinto um pouco humana
por saber que ainda sinto compaixão
pena ou uma certa solidariedade

e pus os pequenos olhos no cão que saia dos escombros
vibrei pela vida
e isso parece piegas festejar a vida
o velho de olhos bem vividos
senti uma dor tão grande naquela mesa
naquele caos de corpos
na cidade baixa de risos
entrei na casa e chorei pelo mundo
meus braços em torno do mundo em destroços
escutando as horas
hoje vi que a vida é curta
uma reza bem forte
em qualquer crença que tenha neste momento

um pedido bem bonito e doce faço
mentalizei
e joguei ao céu
pousa luz azul na garganta
anjo deita comigo no travesseiro
lembrei da borboleta azul,do cão de patas cruzadas,da casa verde antiga,de como cúe é lindo,nuvens,do carro que passa pela estrada,dos risos,banhso quentes,mesa cheia,jovens numa praça tomando creveja,sonhos ,dúvidas,em busca....
dentroaquela saudade que não ia embora por mais que o tempo passasse e dentro dele, mesmo sem lembrar, apenas agindo, todos os dias eu acordava e tomava banho, escovava os dentes e fazia todas essas coisas rotineiras, igual a alguém que aos trancos, mecanicamente, continua a viver mesmo depois de ter perdido uma perna ou um braço que, embora ausentes, ainda doem - sem poder evitar, inesperadamente, sem querer evitar, outra vez lembrei de Pedro."

Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte - mesmo assim era bom viver. Não era fácil, nem agradável. Mas ainda assim era bom. Tinha quase certeza."

''Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade imensa pelo que vai me acontecer, pelas pessoas que vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será."


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Chovi,,,ele faz....já diria Chico



eu chovo
eu chovo
eu chovo

ah não creio que ele teve cíumes
nem de que falou a frase patéticas
garotos não sentem e ponto.
eu quero acreditar que não
são gelo na geladeira ,difícil de tirar da forminha

odeio caminhar pelo mesmo caminho

adriana canta no meu ouvido na rua:"a uma hora dessa aonde andará seu pensamento"


acreditei hoje:ainda vamos longe.os palcos repousam nossos pés
um extâse e uma solidão corroi
fotos
novo
frio na barriga

eu e as peçinhas da casinha erámos pequenos diante de tanto sentimento a ser expulsado

chovi
chovi
chovo
palavras palavras
ando
a maltratar-me
tem uma baioneta na minha mão

expulso
repulso
dura
dura

lembrei...é lembrei.troque ela por ele

sábado, 3 de abril de 2010

Diretor do tempo



Procuro a solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
Pensamento sem razão
Procuro esconderijo
Encontro um novo abrigo
Como a arte do seu jeito
E tudo faz sentido
Calma pra contar nos dedos
Beijo pra ficar aqui
Teto para desabar
Você para construir


neste momento pediria:Luiz Fernando Guimarães dirige a minha vida
lúdico ,claro,teatral e bonito
retrate meu olhar

abrO as cortinas
o diretor na platéia
sentado na cadeira do meio do grande tetro
dirija
26 anos desta mesma peça
diretor:destino
ele diz:não vá para lá
e não tenho a bendita sorte de encontrar no bar,na sessão de supermercado,na rua ,na chuva ele,eles
um verdadeiro desencontro
um verdadeiro encontro meu
um solo
estou solando
solando eu com minha saudade de algo que não sei
olhei para trás
e o cenário é:um amontoado de pessoas paradas
como alegorias
me olhando
são as lembranças
olho para trás e vejo :quanta poeira

eu a garota da sapatilha
eu que olho para os pés
eu dos banhos quentes pensantes
eu do lado da cama direita
eu
completa em tantas coisas
eu querendo despertar minha primavera
eu meu particular

palavra não sai de mim
meu coração transborda como dicionário
palavras borradas
estou tentando me comunicar
como escrevo?
que devo dizer?

permiti
entre sem o bem -vindo na porta
mas não chego a plenitude de nada
e não ficam cheiros nos dedos

alianças
sorrisos
prêmios
lágrimas
taças de champagnes sendo cruzadas
uma pena azul para dar sorte


sobre festas e despedidas em portões,portas:Não me interessa que digam mal de mim nos jornais, o que interessa é o tamanho da coluna. (Andy)

sinto um cordão preso ao coração
o coração feito marionete de mim mesmo
eu prendi e o manipulo de maneira errada e lenta
por que sinto que carrego o giz ainda na mão
desenho coisas absurdas no chãO do pensamento
pus folhas do outono em cima da palavra saudade

enchi a casa de flores ,já que os animais fazem falta
sinto a alegria embriagada das visitas


apaixonei-me por um escobar de tv
pelos lábios bonitos
pelos olhos doces
e pela dança do corpo
quero um homem menino que dance
e dance com as mãos
e tenha olhar de anjo
seja inesperado
como se fosse uam gota caindo do céu
trazendo uam chuva fina que limpa a alma e molha os cabelos levemente
não quero tempestades
cansei
por isso não trouxe mais guarda-chuva para casa

apaixono -me pelo que está dentro de uma tela,não pelo possível palpável
canso-me de papos
canso-me de textos
canso-me de brincar de casinha
canso-me de ser segunda opção
suspiro com um beatles tocando junto com as folhas das ruas
canto com billie holiday
porto alegre se mistura um vento e calor insuportável
tento viver menos o que foi do passado

colori a casa
parece-me que espero alguém
pela forma que decoro e aguardo
aguardo eu
aguardo eu entrando pela porta bege
e dizendo qualquer coisa bonita
eu faço chá comigo mesma e até gosto da cia
aguardo meu encontro com alguém que se perdeu
ei...
eu não sou triste e nem me acostumei a sofrer
os garotos embrutecem
viram a canção "cara valente"
você diz pra mim o que você diria para vocÊ
instalaram coisas pesadas no meu peito
por que eu inventei de abrir minhas asas
e fui num vôo rasante
parei de ser gaivota

pensei a noite:eu não me despedi,eu não me despedi,eu não me despedi
recebi tua saudade do colo materno
eu não disse obrigada
e nem cortei nosso nó
nosso cordão
parece uma férias
mesmo sentindo que a casa pequena é muito doce

a cidade está com um clima bonito
as paineiras estão surgindo
igualmente minhas lembranças
lembranças não tão floridas
estou com umas certezas
repetindo coisas como as músicas das casas
Por vezes o afecto é uma flor tímida que leva o seu tempo a desabrochar. (Mr.Wisley)

terminei a noite torcendo por capitu e bentinho
guspindo palavras para ser entendida
o tempo parece primeirtas aula de piano
aprendizado lento
sinto o peito quieto
sem nada ofegante
e nem a voz seca
não digo nada ao pé do ouvido


Dizem que o tempo cura tudo. (Sophie)

Pergunto-me se, no fim de contas, a vida não será pontuada por pequenos instantes preciosos, e tudo o resto não passará de intervalos entre esses instantes.

duas músicas bonitas