aquilo que eu tenho com os dois pés fincados no palco
ninguém me dá
aquele abraço de criança
ninguém pode me dar
aquela realização e entrega com dor depois
ninguém pode me dar
o que posso te dar
é minha tentativa de entender o tempo
e tentar esperar as faíscas prometidas
que tu te encantes como os outros se encantam
e deixo tu seguir e sigo
por que as coisas não tem q ter pressa
mesma que minha fome seja muita
aguardo o enrosco
e enquanto isso desbravo
cidades
lugares
palcos
e me sinto plena
insegura
sentindo
pulsando
e aquele palco
ficou em silêncio com a lua
te dou o tempo que meu coração aguenta
e depois guardo a colher
para não dividir meu açúcar
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