um pouco do que me interessa

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Monga 2




“Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar.”


De uma grande confusa
conheceu ela uma grande mão
uma mão que um dia viu num holofote de um bar
uma das mãos mais afetuosas do mundo
medo da grande mão
pois crê
nem todo mundo é palhaço(não que o faça)
mas nem todo mundo espera a vida toda
e nem todo mundo pede alguam coisa
olhos claros que a acolhem
mãos que a fazem rir
De grande coração,um grande coração que faz o seu diminuir
Ele a põe em sua grande mão
Ele um King Kong
Dois de olhos tristes
Dois num sofá
Sofá corpo acolhedor
Um sofá cheio de pontos de interrogações
Fumaça pela casa
Roupas infestadas de cigarro
Corpos de bebida e esperança
Uma entrega
Um coração sem chave
Uma crueldade sincera
Um humor negro
Uma roda gigante
Um carrossel confuso que gira
Alguns dias ela se permiti entrar no parque
Ela não precisa de bilhete
Apenas o bilhete coração
Os que têm coração e sorriso terão entrada franca
Ela se perde em choros e sorrisos
Ela quer correr
Mas o patins que ela usa está com as rodas gastas
Momentos bons
Momentos ruins
A flor vermelha na tua janela
A flor no meio da tua casa escura
A luz que sempre está ligada lá em cima
A garota que tenta mudar o garoto
Só que a garota deve mudar ela
Pôr ela ao avesso
Sair do seu piano solitário
Lavar o corpo com o sabão mais eficiente e cheiroso
Ela precisa acabar seu roteiro
Não sabe pôr o fim pedido pelo diretor
Ela não ama mais aquele
Aquele machuca
Aquele que a descartou,feito carat de baralho.Amor é jogo
Aquele que sempre quis seu mal,encher seu ego,ter domínio.Ele voltou por que alguém quis ela,não por que a amava.
Ela não entende
Ela quer amar outro
Caminha no teu piso Alice no país das maravilhas
Vê teus livros na cabeceira
és uma capa de livro para ti
Parabeniza pela casa limpa
Fica chata,por que é chata
Ela chora ao desligar telefone
Por que ela não sabe de nada
Só sabe que tem que recomeçar

Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra.”

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