um pouco do que me interessa

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ele não mora mais aqui




Em francês, "amour" significa o par de meias macias que um estende ao outro ao perceber que seus pezinhos estão esfriando.
Minha fada diz: não chore.seja forte...sou...
tempo de cobranças
cumpro-as
distante de alguns
perto demais no pensamento por alguns

Ele não mora mais aqui,não somente o nome da peça predomina
Ele não mora
Ele não mora
todo dia que lembro não quero que ele more nesta morada
e quanto mais tento tirar o inquilino
mais tenho vontade de por outro
para tapar esta carência
agora sim
taparia a carência
mas eu não consigo mais fazer este jogo
Ele habita outros lugares que pingam,copos,corpos,corpo,nada..eu não sei...e por que lembro do gato..o gato deve lembrar e mim... hoje subindo a escada constatei juntamente com a solidão que usava um top roxo na cabeça. Ele nunca sentiu nada. 2 meses nesta bobice. deixo as bonecas,deixo os apegos,deixo eu tentando resolver eu
neste momento não sei onde habito
um balcão?
o sono?
acredito apenas na fada dos dentes,no afiador de facas,nos vendedores de algodão doce...
eu acredito mais nos erros do que nas maldades das pesssoas
poderia hoje sentar com alguém e cantar bossa nova até clariar dia..faz tempo que não sei o que é cantar olhando para alguém
me peguei com saudade de algumas coisas e isso me desagrada
aprendo.palavras no msn são furadas.graças à Deus entro em consciência

Cada dia mais sozinha
Amor toc toc..não existe

um cheiro no braço
sim eu gosto de queijos e vinhos.
sim arrume meu chuveiro
assim esta certo
agora vá embora
um poema de presente
eu adoro poemas
eu suspiro com eles
o objeto de desejo:fale francÊs,fale de cinema,me abrace,use camisetas,goste de seus pais ,escreva,escreva,goste da minha comida,dance malucamente,use tênis,tome banhos longos,me leve para banhos longos,durma bem,durma comigo
projeto do projeto idealizado
e nada
tudo que recebo é ilusório
sim eu gosto da chuva
e banho de chuva
mas banho de chuva acompanhado
nem que seja para gritar com os amigos :que delicia
sim eu devo ser filha de Iansã
sim eu quero dormir um dia numa figueira
sim eu quero coisas concretas e palpavéis
eu cansei de meses
eu cansei de semanas
eu cansei de erras nas escolhas
eu sinto saudades de um sofá com urso às vezes
mas me machuca lembrar
eu sinto saudades de um violão e um teclado me acompanhando
mas me machuca lembrar
eu sinto saudades de passar pelos cães do teu vizinho
e tu é a saudade mais forte e idiota ,estúpida neste momento
deixei as bonecas
carrego outras coisas
carrego caixas com meu passado
a saudade às vezes pesa
Eu tentei falar com ele, juro que tentei, mas o
telefone de lata dava ocupado. Entãoo, eu desisti e muito tempo se
passou

o meu R ficou distanteeeeeeee
a inveja perto
o medo oscilante
o coração em ponto de bala
as vontades doces

Recolha a lágrima a tempo, antes que ela atravesse o sorriso e vá pingar pelo queixo.
questionamento banal
você poderia se apaixonar por alguém que não conhece?
que você acredita ser mais estúpido que muitas constelações?
que vive numa tela?
não
,mas....ele escreve bonito
um dia meu antonio de dona nazaré aparece
ele não vem de Nordestina,mas fala bonito
enquanto não vem
por que lá dentro eu tenho mais medo do que pressa
e já desacredito neste gostar desta cidade
eu sigo
com minhas latinhas amarradas as pernas
e meus sonhos escritos na parede do quarto
e a frase:tenha calma escrito num papel
que um mendigo um dia me deu na rua
e eu levo na palma da mão
e respiro o ar pela janela branca
e penso:que dia bonito.pena ver a rua tão pouco
o que eu quer ver
tá distante

Na fila da encarnação

Se tu tivesses uma única noite, na vida,
Como essa em minha mente
Renderia graças a cada segundo em companhia da Terra
Pois saberia a graça de cada segundo estando em posse de sua verdadeira graça
Somente sua.



E o vento a segurar-lhe por de baixo dos braços para que não caias com o vento
E a altura abismal dos bons sentimentos colorindo poços
Possa eu presenciar sua vida, talvez um pouco.



Um pouco bastaria
Um pouco basta quando se compreende o tempo.
Um pouco pode ser muitas vidas e muitas pessoas
Que viveram muito para quase nada
Que não conheceram a verdade
E esconderam-se de baixo das ilusões gostosas da mentira
Da depressão
Do abuso
As fraquezas nossas de cada dia



E a chuva a trazer segurança ao seu cabelo recém feito,
E os insetos a protegerem sua pele do frio
Pelos raios de sol sua luz confundida há de cegar-me.



O tempo muda quando a gente dorme
O sol recolhe
Dormiríamos por todo o tempo
Quem dorme e sabe-se sonhador muito pode
Construir e materializar
Talvez flutuar por cima das ondas como quem teve preguiça de surfar
Ou transformar-se em tudo
Confirmando as certezas e as perguntas todas de todos os jovens inquietos
Doce sono daqueles que não conhecem o aluguel
Daqueles que não tiveram de construir-se para serem adequados
Sabe aqueles?



E santos a cuidarem sua beatitude santifica na hora do abandono
E flores a protegerem nossas narinas da alergia
Alegria seria partirmos juntos



Alegria seria vê-la partir
E segurando-lhe a cabeça protegê-la junto ao vento e tudo quanto existe para protegê-la
Até que possas habitar o tempo infinito
E livrando-se dos nós da vida
Estender sua mão macia em minha direção.
Ao seu chamado serei eterno novamente.
Alegria seria se fossemos.
ca
música bonita achada durante dia




achados :
Não dá pra colocar lembrança em sacos plásticos e largar na esquina.(...) Para que Carina não tivesse se tornado a mulher odiosa que se tornou, teria que nascer de novo ou sofrer amnésia profunda e irreversível, porque ninguém consegue se esquecer da dor do desprezo.

Não seria fácil, ela sabia. É como ter que buscar o ovo no cu da galinha para fazer uma omelete, precisava meter a mão lá na cloaca para alcançar o resultado. Já que não é fácil reverter uma vida inteira, mudar cada minúcia, desfazer tudo o que havia feito em todos os anos.

O que engorda é a culpa. Às vezes, mesmo sem comer, sinto-me estufando. E não é de biscoitos que é feito o meu enchimento. É de culpa, esse castigo dito cristão, que levarei comigo para sempre e de que deixarei o rastro na minha literatura. Culpa. E é isso e tantas outras coisas que fazem de mim uma velha de 26 anos de idade.

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