um pouco do que me interessa

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A gente quer...



Pelas paredes ...flutuando com corpo pesado
Corpo afundando no sofá.Exaustão
Rouca.Sentimentos trancados na garganta trazem a doença
Noites longas trazendo o amanhã.Pés que caminham incertos
Dinheiro em táxis
Olha como a garota de vermelho está linda.Ela brilha.Olhos a desejam.Elogios ditos ao ouvido.E isso não enche o peito e não eleva o ego.Põe seus lábios em taças,copos,tudo que traga líquidos para o esquecimento e que deixe as pernas moles e o caminhar descompassado
Se perde em mesas de "Eu te amo" ditos com mentira pela embriaguez,de tentativas de amores impossivéis....eu numa convenção,numa mesa de garotos solitários.Numa mesa de garotos que se juntam com garotos.Eu numa mesa com Bukoviski que cheira o pó errado e se perde(duas tristezas juntas não dão certo).Eu desisto de falar.Eu não posso amar.Eu não me entrego e não me puno .Eu que tenho corpo com amigos coloridos dentro.Cada um se sujando.Cada um perdido,fudido,querendo amor.
Tentando dar pontos na vida e novos começos
Estou ainda nas reticências
E escreviamos nosso nome em papéis em bucas de nossa identidade
Riamos descompassados e fumavamos cigarros enlouquecidamente
Tudo para esquecer o que se quer esquecer
E perguntavamos ao mundo cadê nosso coração
Cadê meu coração,mundo?
Por que ele ficou como gelo?
Entro na sala dos "que acham que resolvem problemas".Lá há uma placa de "não fale nome dele!Proibido!!"Então não posso falar de ti.Dor maior e forte
Tratamento de brilho eterno de uma mente sem lembranças
E me debato ao falar com "Sra sabe tudo".Disperso palavras ,ela com suas pernas cruzadas, me escutando e esperando a grana do meu plano de saúde entrar na sua conta.Sinto-me idiota em contar meus dias.Sinto que não queria compartilhar os elogios que tomei no trabalho,nem amigos que criei neste tempo.Não é com você sra que quero falar.Sentada naquela divã preto.Olhando a janela de uma Porto Alegre cinza
Não disse a ela que todos dias que passava pelo apartamento dele .Eu subia meus olhos para sua janela.Eu subia meu coração como balão vermelho para enxergar o que ele fazia dentro do quarto.Se ele amava alguém já na cama que pousei o corpo
Eu sem saber de nada.Sem notícias.O jornal aqui de casa é sem palavras.
Então começei a deixar o jornal fechado
Todos dias entoo mantras de descansa coração
Todos dias quero desistir do que me fez bem e mal
Todos dias repito a mesma canção aqui nestas páginas
E a canção vai mudando de tom
Só está eu sozinha tocando piano
Eu estou percebendo AGORA que sim...tudo acaba como disse a atriz apaixonada ao perder a cabeça
Eu sou uma atriz apaixonada com o coração pulsante a mão
Eu grito errei sim
Eu escrevo nas paredes:eu não trabalho com culpa
Eu todo dia faço a minha vida drama.Por que assim sou.E eis que querem me arrancar o que sou eu.Esse eu que todos odeiam e riem.Eu não posso ser assim.Eu tenho que ser como palhaço de circo.Só que uma hora os show do palhaço acaba e quando se tira a maquiagem.Fica muita coisa enxarcada no algodão que retiro minha maquiagem
Algodão cheio de sentimentos
E ela não chora mais.Ela tranca.Como elevadores que param abruptamente em cada andar.Ela pensa em chorar,sente vontade,mas tranca.Estanca a dor com gaze da farmácia.
As vezes a verdade dói demais
As vezes a mentira faz feliz
As vezes sou cruel
As vezes sou bobão
As vezes sim
As vezes não
Tudo é poesia.O gato que vi dormindo no sol,o desenho do engolidor de facas numa parede da cidade,o bebê de 9 meses de mão pequenas,o sol que entra em Porto Alegre de mansinho,a Audrey que canta Moon river na minha janela...
Agora faço poesia sozinha...sem ti...
escrevo para ti,pra mim,para quem sente

onde está o amor?
onde está meu coração?

A gente não quer só comer
A gente quer comer
E quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer
Prá aliviar a dor...
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer dinheiro
E felicidade
A gente não quer
Só dinheiro
A gente quer inteiro
E não pela metade...



só o tempo cura...foda-se

3 comentários:

plumtruck disse...

Eu queria por um momento voltar no tempo pra mudar o rumo das coisas...mudar o rumo de tudo...
FOSSEMOS INFINITOS TUDO MUDARIA, COMO SOMOS FINITOS MUITO PERMANECE...

plumtruck disse...

o valor das coisas não está no tempo que duram, mas pela intensidade que acontecem.

plumtruck disse...

Caminhamos ao encontro do amor e do desejo. Não buscamos lições, nem a amarga filosofia que se exige da grandeza. Além do sol, dos beijos e dos perfumes selvagens, tudo o mais nos parece fútil. Quando a mim, não procuro estar sozinho nesse lugar. Muitas vezes estive aqui com aqueles que amava, e discernia em seus traços o claro sorriso que neles tomava a face do amor. Deixo a outros a ordem e a medida. Domina-me por completo a grande libertinagem da natureza e do mar.