um pouco do que me interessa

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ele disse cuide de você:vai te fuder eu disse



CALEM A MINHA BOCA QUE EU BRILHO MAIS COM ELA CALADA

Ela pediu para as estrelas e as estrelas atenderam.

Em seguida, ela chorou. Chorava porque sangrava, porque não era exatamente aquilo que ela tinha pedido. Era inverso, era irreal, era mau e era podre. Era ilusão. Era máscara, era infeliz.

E ela ficou infeliz também.

Carrega esse peso enquanto sente o que não quer sentir, nunca mais sentir o que é tão delicioso. Sabe agora de muitas coisas. Sabe que era para ser assim desde sempre. Sabe que o peso a deixa sem ar, sem força. Não quer mais o que quer mais do que tudo. Tem nojo, sente desprezo, odeia, mas não deixa.

Ela protege, justifica, agarra e não solta, querendo que isso morra, que desapareça. A mesma dor ela sente quando está bem e quando não está. Quer perto quando está longe, quando está perto quer mais ainda, quer dentro, está dentro, está unida, mas ao mesmo tempo não quer, a alma quer parar de chorar.

Mesmo se largasse o peso, ele voltaria, porque voltou, porque está atrás, ao redor, na sua frente, sugando, tendo prazer em destruir, em enfiar os dedos, as mãos na ferida, cavar ainda mais fundo, e sorrindo cada vez que consegue.

Ela chegou no limite. Está exausta.

Porém a vida segue.

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